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"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz" Aristóteles

sábado, junho 02, 2007

Obstetras do Hospital Santa Maria recusam praticar abortos

Cerca de três quartos dos médicos dos serviços de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vão invocar o estatuto de objector de consciência e escusar-se a praticar a interrupção voluntária da gravidez (IVG).

O responsável pelo serviço, Luís Graça, afirmou que a percentagem de objectores está "entre 70 a 80 por cento". Contudo, este número está "dentro do que esperava", pelo que não irá condicionar o cumprimento da nova lei naquele hospital, sustenta o especialista.

"Não terei problemas para constituir pequenas equipas", garantiu Luís Graça, que se mostrou mais preocupado com a falta de equipamentos ou medicamentos, que poderão impedir o cumprimento da lei. O Hospital de Santa Maria espera pela chegada de uma máquina de aspiração e de mifepristone, a chamada ‘pílula abortiva’, que não é comercializada em Portugal e que necessita de uma autorização especial de utilização, dada pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Farmácia).

A situação de outras maternidades

O Hospital de S. João, no Porto, também fez um levantamento do número de médicos que se recusarão a praticar a IVG, no entanto, o director do serviço de ginecologia deste hospital, Nuno Montenegro, recusou revelar números, afirmando apenas que, terão condições de cumprir a lei.

Ainda no Porto, o director da maternidade de Júlio Dinis, Paulo Sarmento, também não prevê quaisquer problemas ao nível do pessoal.

Relativamente à maior maternidade do país, a Alfredo da Costa, em Lisboa, ainda não houve um levantamento dos objectores, mas o director do serviço, Jorge Branco, garante que “não deverá ser nem metade”.

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