Solidão pode provocar Alzheimer

Estudo norte-americano conclui que o risco de desenvolver Alzheimer aumenta 51 por cento à medida que os níveis de solidão são maiores.

Cientistas americanos questionaram 800 idosos que, durante quatro anos participaram numa investigação destinada a avaliar a relação entre a solidão e a doença de Alzheimer.

Segundo os investigadores, o impacto da solidão não é apenas psicológico, e quem vive sozinho tem mais possibilidades de sofrer desta doença.

Apesar das razões ainda não estarem totalmente esclarecidas, Robert Wilson, chefe da pesquisa e professor de neuropsicologia do Centro Médico da Universidade Rush, acredita que a solidão pode afectar sistemas cerebrais relacionados com a cognição e a memória, tornando os solitários mais vulneráveis aos efeitos da idade nas ligações entre os neurónios.

Confrontada com os resultados obtidos, Rebecca Wood, directora-executiva do Alzheimer´s Research Trust afirma: "Este é um estudo impressionante. O que eu acho especialmente interessante sobre este estudo é o facto de que é a percepção individual de solidão e não o grau real de isolamento social que parece se relacionar mais com o risco de Alzheimer."

Esta investigação é pioneira, uma vez que é a primeira vez que se avalia o grau de solidão e o impacto que provoca, tanto a nível emocional como físico.