Panteão Nacional vai receber restos mortais de Aquilino Ribeiro
A confirmação foi hoje oficializada com publicação no Diário da República. A Assembleia da República (AR) vai criar uma comissão que definirá a data e orientará a transladação do corpo do escritor.
A proposta de transladar os restos mortais de Aquilino Ribeiro tinha sido lançada pelo presidente da AR, durante uma conferência de líderes parlamentares, em Outubro do ano transacto. Foi aprovada no passado dia 8 de Março e determina também a criação de um grupo de trabalho com o intuito de assegurar a execução da transladação, em conjunto com as entidades públicas envolvidas.
Aquilino Ribeiro, que morreu em 1963, está sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, e será transladado para o Panteão Nacional, onde ficará ao lado de outros grandes nomes da cultura portuguesa, como Almeida Garrett e Amália Rodrigues.
Homenagem tardia, mas merecida
Em entrevista à Lusa, citado pelo Diário Digital, o também escritor, Baptista Bastos afirmou que Aquilino Ribeiro “já lá deveria estar”, pois “representa o Portugal de uma certa nobreza, de uma certa integridade, e isso está nos seus livros”.
Aquilino Gomes Ribeiro estudou Filosofia e Teologia em Viseu e Beja dedicando-se, mais tarde, ao Jornalismo, em Lisboa. Esteve ligado ao movimento republicano, participando activamente na revolução que antecedeu a queda da Monarquia. Estas posições obrigaram-no a um exílio em França, onde viveu até à proclamação da República, em 1910, e para onde voltou mais tarde para estudar na Sorbonne.
Com o início da primeira Guerra Mundial, regressou a Portugal, trabalhando como professor do Liceu Camões e como segundo - bibliotecário da Biblioteca Nacional.
Da extensa obra literária deste autor, que também integrou o grupo da revista “Seara Nova”, destacam-se obras de ficção, ensaio e biografia.
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Texto editado em Comum online
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